segunda-feira, 30 de abril de 2012

mensagem às associações



Carta aberta às associações e organizações não governamentais sobre a “Loja Social”, a CMP e o Es.Col.A da Fontinha

Car@s amig@s

Como sabem, desde há um ano que um coletivo de pessoas dinamiza um projeto num antiga escola abandonada pela autarquia, no bairro da Fontinha, no centro da cidade do Porto. Restituindo à população esse espaço e proporcionando um conjunto de atividades culturais, sociais e educativas, o Es.Col.A – espaço coletivo autogestionado do Alto da Fontinha – tem tido um amplo apoio popular não apenas dos vizinhos do bairro mas do conjunto da cidade. Apesar disso, o executivo da Câmara Municipal tem rejeitado que aquele espaço possa ser utilizado para este fim, recorrendo à polícia para despejar o projeto.
Uma vez que a Câmara Municipal não tem, de momento, nenhum projeto para aquela escola, o que torna todas as ações de despejo ainda mais injustas e absurdas aos olhos da população (mostrando que a Câmara prefere um espaço emparedado e vandalizado a um espaço cuidado e em utilização social), o Executivo está neste momento a tentar fabricar um projeto que possa servir como legitimação da decisão política de destruir o Es.Col.A.
Assim, e sabendo o Es.Col.A que a CMP tem contactado várias associações para integrarem uma “Loja Social” num espaço camarário a nascer na mesma zona onde se situa o nosso projeto, vimos através desta carta apelar à vossa solidariedade e civismo neste momento decisivo. O que vos pedimos é simples: que em qualquer contacto com a Câmara tornem explícito que só aceitam integrar esse projeto no caso de ele não ter lugar na Es.Col.A da Fontinha, pois isso seria uma forma do executivo instrumentalizar politicamente a vossa associação e o seu trabalho, utilizando-vos como armas de arremesso na tentativa de destruição de um projeto que já aqui existe e que tem apoio popular no bairro e na cidade.
Contamos com a vossa solidariedade.

a Es.Col.A. continua




hoje - yoga, teatro e concentração junto à CMP

amanhã - 1º de Maio, desfile do Largo da Fontinha até aos Aliados

quarta-feira - solidariedade com os detidos a 19 de Abril e assembleia do Es.Col.A. no Largo da Fontinha (18h30)

sexta-feira - oficina de trabalhos manuais no largo ás 16h30 se o tempo ajudar. Caso chova, a oficina não se realizará

resumo 45ª assembleia


A 45ª assembleia do Es.Col.A realizou-se no dia 17 de abril, contando com a presença de cerca de três dezenas de pessoas.

O início dos trabalhos trouxe o balanço do período de possível despejo. Os diferentes grupos de resistência têm vindo a trabalhar de acordo com a orientações definidas por cada um. O coletivo reconheceu que o primeiro dia teve algumas falhas que não se devem repetir, tendo por isso já sido realizadas duas conversas entre membros e participantes para colmatar essas lacunas. As conclusões retiradas implicam cuidados com o barulho a partir das 22h e um maior nível de atenção e disciplina na vigilância do edifício.
Perante as atuais exigências inerentes à defesa do Es.Col.A foi aceite que a partir da próxima semana a resistência fique concentrada essencialmente no grupo de ocupação do edifício.

Um dos presentes lançou a proposta de pressionar a CMP a retirar a ordem de despejo, através de medidas pró-ativas. Outro aspeto importante foi o de devolver ao Es.Col.A a sua dinâmica habitual de atividades e um clima de confraternização pacífica, retirando alguma tensão que se tem vindo a sentir no contexto atual, de forma a permitir o normal usufruto do espaço pelas crianças.

Posteriormente aprovaram-se as seguintes propostas: oficina de feltragem manual; vídeo-reportagem de alunos do curso de ciências da comunicação; baile popular no dia 22 de abril; festa de beneficência no espaço Altar, no dia 28 de abril. Também foram discutidas algumas solicitações feitas ao Es.Col.A, para participação em tertúlias e programas de televisão, tendo sido recusados todos os convites.

amanhã, da Fontinha aos Aliados


(vídeo solidário de Joaquim Pavão)

domingo, 29 de abril de 2012

segunda-feira o Es.Col.A. vai à câmara


segunda-feira, 30 de Abril


18h30 - início da concentração à porta da CMP
18h45 - Yoga
19h00 - Teatro
21h00 - Assembleia Municipal (inscrição prévia a partir das 12h no gab. munícipe)

durante o resto do fim de tarde, outras surpresas...

Em dia de Assembleia Municipal, o Es.Col.A. desloca-se até à CMP para denunciar a actuação das autoridades e todo o processo que culminou com o abandono propositado do edifício da escola primária do Alto da Fontinha.
A concentração na Câmara Municipal vai ainda contar com a realização de algumas das atividades que normalmente aconteciam no espaço Es.Col.A. e que mesmo após os despejos se continuam a realizar devido à vontade de todos os participantes.

É importante também informar que qualquer munícipe da cidade do Porto pode assistir e participar com uma intervenção na assembleia municipal mediante inscrição prévia no gabinete do munícipe a partir das 12h de segunda.

Queixa a apresentar no gabinete do munícipe (horário de funcionamento disponível aqui):
"Eu, (nome), munícipe da cidade do Porto (morada), venho por este meio reclamar a iniciativa da autarquia em despejar o projeto Es.Col.A, projeto de elevado valor cultural e social, e à violência aplicada durante todo o processo." (aberto a reformulações)

sábado, 28 de abril de 2012

hoje - assembleia no largo


sábado, 28 de Abril - 18.30








Assembleia no Largo da Fontinha

sexta-feira, 27 de abril de 2012

merenda + filme



Domingo, dia 29 de Abril, Largo da Fontinha

Merenda auto-gestionada 18h00 (traz comes e bebes)
Documentário Linha Vermelha 20h00 (com a presença do realizador José Filipe Costa)


Linha Vermelha recua a 1975, altura em que o alemão Thomas Harlan realiza o documentário Torre Bela, sobre a ocupação de uma grande herdade no Ribatejo, propriedade dos duques de Lafões. Esse filme transformou-se num ícone do período revolucionário português: a discussão acalorada sobre a quem pertence uma enxada da cooperativa, a ocupação do palácio, o encontro dos ocupantes com os militares em Lisboa e o processo de formação de uma nova comunidade… 37 anos depois, José Filipe Costa revisita esse filme emblemático, reencontrando os seus protagonistas e a sua equipa. Qual foi a influência da presença da câmara sobre os acontecimentos? Quem são hoje os protagonistas da altura? O que pensam sobre a ocupação e sobre o filme Torre Bela? Que memória têm da herdade? Linha Vermelha responde a estas questões e mostra como Torre Bela continua a marcar a história de um período conturbado do país.

 




quinta-feira, 26 de abril de 2012

devoluto de pessoas e bens


26 de Abril, quinta-feira



O edificio onde a Es.Col.A. funcionou durante um ano foi hoje emparedado, mas apenas no primeiro andar, no resto dos pisos foram deixados buracos onde antes havia vidros, portas e janelas. No telhado foram deixadas dezenas de telhas partidas.
A intenção é clara, deixar que os elementos façam o seu trabalho e que o antigo edificio da escola primária do Alto da Fontinha se degrade o mais rapidamente possivel para que, em conjunto com a destruição da canalização, se torne inutilizável pela população.

Era este afinal o projecto que a CMP tinha para a Fontinha.

antes emparedado do que ocupado


Canalização destruída, sanitas e lavatórios para o lixo, haveres da Es.Col.A. retirados, mobiliario destruído, instalação eléctrica propositadamente estragada.

A Es.Col.A. está neste momento vazia e emparedada. Mais um espaço público devoluto de pessoas e bens, como a Câmara sempre quis.

Assembleia no Largo da Fontinha - 18.30

descubra as diferenças


Ontem e hoje


visitas pela manhã - policia de novo na Es.Col.A.


Quinta-feira, 26 de Abril


Depois de ontem o portão da Es.Col.A. ter sido fechado às 22h30 para hoje se retomarem as actividades normais, hoje pela manhã o espaço está desde muito cedo, por volta das 7 da manhã, de novo a receber as visitas da polícia e CMP que despejam o que restava dos haveres da Es.Col.A..

Para já, por volta das 9h45, ainda não voltaram a colocar chapas nas janelas.

Logo há assembleia às 18.30!!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

a Es.Col.A. é nossa





O Es.Col.A regressou!!


(foto de ricardo sá ferreira)

Es.Col.A aberta e com gente dentro. O pátio não chega para tanta gente!!
Durante o trajecto, apenas os polícias que acompanharam a manifestação! Não há sinais de polícia na Fontinha, mas há indicação de presença policial à entrada de Santa Catarina.

O Es.Col.A regressou!

O edifício está a ser aberto e desemparedado! E a bandeira pirata ergue-se de novo no pátio!

Es.Col.A invade ruas em direcção à Fontinha



A festa cresce nas ruas da baixa portuense.
Depois da panelada e concentração na Batalha, a avenida dos Aliados é o ponto de convergência das múltiplas manifestações do 25 de Abril. Quem saiu à rua afirma que «há muitos anos não se via tanta gente»!
A O!Brigada, banda de música e numerosos apoiantes do Es.Col.A tomaram de assalto a frente da CMP e aí fazem a festa!
As primeiras imagens podem ser vistas aqui.
Mais de mil manifestantes sobem agora rumo à Fontinha! O ambiente continua festivo e tranquilo, com as forças policiais a abrir caminho à marcha de apoio à Es.Col.A.
A multidão invade o largo da Fontinha e é palpável a vontade de subir até à Es.Col.A!





Da Batalha rumo aos Aliados


Na Batalha, cerca de 600 pessoas começam agora a descer a rua 31 de Janeiro rumo aos Aliados! O ambiente está animado, cartazes em punho e coração com o Es.Col.A! Nas ruas, escoltas policiais acompanham os manifestantes.

terça-feira, 24 de abril de 2012

ocupar abril!


amanhã, 25 de Abril - todo o dia


download do cartaz original/p&b

15h00, Praça da Batalha - Panelada de protesto

18h00, Avenida dos Aliados - Concentração rumo à Fontinha

mais cartazes de solidariedade:

contactos com a autarquia


Relações e contactos do Es.Col.A. com a Câmara Municipal


• 10 de Abril de 2011 – Ocupação do edifício e início das atividades

• 10 de Maio de 2011 – Despejo do Es.Col.A. por parte da polícia municipal, 8 detidos, 2 feridos

• 10 de Maio de 2011 – Assembleia do Es.Col.A. no Largo da Fontinha

• 16 de Maio de 2011 – Participação do Es.Col.A. na Assembleia Municipal e concentração de protesto na CMP

• Maio até Julho de 2011 – Assembleias semanais e atividades diárias no Largo da Fontinha

• 25 de Julho de 2011 – Contacto com a autarquia, assinatura de Contrato de Promessa dizendo que o Es.Col.A. teria de constituir uma associação no espaço de 30 dias e depois, no prazo de 10 dias seria apresentado um contrato definitivo de Cedência do Espaço.

• Julho de 2011 – Constituição de uma associação legal e cedência das chaves do edifício por parte da CMP – Regresso à Escola da Fontinha.

• Setembro de 2011 (depois dos 30 + 10 dias legais para a CMP apresentar contrato) – Silêncio por parte da CMP, nenhum contrato foi apresentado.

(7 meses depois, novo contacto por parte da CMP)

• Fevereiro de 2012 – Recepção de uma comunicação por parte da CMP, exigindo que o espaço ficasse “devoluto de pessoas e bens” até 31 de Março

• 13 de Março de 2012 – O Es.Col.A. sabe, através da comunicação social, que o despejo foi suspenso por votação na Câmara Municipal. A oposição exige que a CMP converse com o projeto.

• 26 de Março de 2012 – Reunião na CMP com dois elementos do Es.Col.A.

• 27 de Março de 2012 – Recepção de uma minuta de contrato não negociável, com data de assinatura marcada, que exigia ao Es.Col.A. o abandono do local no final de Junho, sem hipóteses de alargamento do prazo.

• Março e Abril – Assembleias no Es.Col.A. onde se decide que não faz sentido assinar um contrato de despejo.

• 19 de Abril – Excursão de grande parte da PSP do Porto, junto com elementos de forças especiais de polícia, bombeiros e funcionários da CMP à Fontinha e despejo do Es.Col.A., 3 detidos. Manifestações de apoio ao projeto no bairro e CMP. Manifestações de solidariedade em vários pontos do país e estrangeiro.

• 20 de Abril – Assembleia do Es.Col.A. com a participação de várias centenas de pessoas onde se decide celebrar o 25 de Abril na Es.Col.A. da Fontinha.

à população da fontinha e restantes amigos



Combatendo o medo e a mentira - download de flyer para distribuição (apenas clicar em download no fundo da página)

Se é morador da Fontinha ou de zonas vizinhas terá com certeza notado que muita coisa mudou no último ano.
Onde antes, a qualquer hora do dia, caminhava por ruas vazias, hoje cruza-se com gente, e a troca de bons dias e boas tardes já se tornou um hábito.
Onde antes via de longe a longe crianças solitárias a fazer o caminho diário de casa para a escola hoje vê grupos de miúdos, animados, divertidos, muitos com as suas bolas e bicicletas, decididos a aproveitar o que resta do seu dia.
Onde antes apenas o ruído dos carros que passavam se fazia ouvir, onde os gritos e insultos que faziam adivinhar mais uma discussão familiar ecoavam para a rua por de trás de janelas anónimas, hoje o que se pode ouvir por estas ruas da Fontinha são sons de bolas de futebol a bater em muros que se confundem com bombos, conversas e risos de adolescentes que interrompem frases ditas em línguas estranhas. São barulhos que fazem adivinhar vida, música e quase sempre boa disposição.
Com certeza durante este ano ouviu e viu muita coisa. Com certeza muitas vezes teve curiosidade e até participou ou quis participar nesta nova vida da Fontinha.

O que é a Es.Col.A. do Alto da Fontinha?
O projeto Es.Col.A. –Espaço Colectivo Autogestionado, é um projeto em que muita gente, alguns daqui, alguns dali, compreende a necessidade que existe na maioria das zonas das grandes cidades de se voltar a desenvolver um estilo de vida comunitário, onde os vizinhos se conhecem, em que as crianças e os jovens têm espaços para estar juntos e onde há oportunidades para o convívio e aprendizagem entre todos e para todos. Assim, um grupo de pessoas em Abril de 2011 decidiu reabrir e reocupar a antiga escola primária da Fontinha para aí realizarem actividades abertas a todos e para tornarem esse espaço naquilo que deveria ser uma sala de estar da zona, onde todos se sentissem bem.
Sabemos e reconhecemos que no último ano nem tudo correu bem, temos noção de alguns transtornos causados à vizinhança, nomeadamente questões relacionadas com o barulho. Mas sabemos também que o barulho é uma consequência de um espaço com vida e todos podem ter a certeza que cada queixa e observação crítica por parte de vizinhos mereceu a nossa atenção e por vezes levou até a consequências no funcionamento do espaço.

O que se passou a 19 de Abril?
A 19 de Abril, poucos minutos antes das 10 da manhã, entrou pelo Largo da Fontinha, indo até à rua da Fábrica Social, um contingente policial nunca visto naquela zona e poucas vezes visto em qualquer outro lado do país. Havia de tudo, polícia municipal, PSP, Corpo de Intervenção, policias à paisana, polícias anti-terroristas, cães, bombeiros vestidos à civil e de cara tapada, funcionários da Câmara, entre outras forças da dita ordem. O objetivo deles era o de esvaziar a Es.Col.A. e terminar, pela força e pelo medo, este projeto. Mas realmente, mais pareciam preparados para uma guerra civil.
No interior do espaço encontravam-se 20 pessoas localizadas no pátio e 6 pessoas dentro do edifício. O objectivo dessas pessoas era o de resistirem pacificamente ao despejo. Mas pouco se pode fazer quando se é confrontado por uma força tão brutal como aquela. Restava-nos apenas mostrar a indignação e injustiça com o que ali se passava. Entretanto, lá em baixo, no bairro, juntavam-se moradores e amigos do projeto, todos indignados, todos preocupados com quem estava dentro da escola e com o que aconteceria ao espaço. Contra esses, a polícia utilizou a força bruta e as agressões foram uma constante, chegando mesmo à utilização de um taser, arma que provoca choques elétricos. Foi aí também que aconteceram as detenções.
Entre momentos de medo e de indignação, os presentes puderam ver como em carrinhas do lixo eram tirados os haveres da Es.Col.A., brinquedos, móveis, livros, bicicletas, eletrodomésticos e até o nosso famoso esqueleto e a bandeira pirata, que de forma divertida mostrava o espirito autónomo do projeto. Tudo isso foi considerado lixo.

A isto juntou-se o desrespeito pelos vizinhos, pelas crianças aterrorizadas na escola primária, impedidas de ter intervalos no pátio, as pessoas sem maneira de ir trabalhar por terem os carros bloqueados, as vizinhas idosas impedidas de chegar às suas casas com as compras matinais.

25 de Abril –Manifestação pacifica de solidariedade e apoio ao projeto Es.Col.A., que pretende devolver o espaço à comunidade.
Não se deixe vencer pelo medo de quem utiliza a força e os números para assustar uma população que não conhece e com quem nunca se preocupou.
Apareça no dia 25 e ajude-nos a tornar essa ocasião numa grande festa entre amigos!

juntos seremos mais de mil


quarta-feira, 25 de Abril - 15h00




No dia 25 de Abril junta-te à brigada clown da Fontinha!
mais vídeos da O!Brigada da Fontinha em Viva Filmes

15h00, Praça da Batalha - Vem fazer barulho na "panelada" de protesto
18h00, Avenida dos Aliados (junto à estátua de Garret) - concentração para início da marcha até à Fontinha

segunda-feira, 23 de abril de 2012

amanhã - meditação pela mudança


terça-feira, 24 de Abril - 18h30


Meditando pela Mudança é um dos projectos que surgiu na 1ª Assembleia Popular pós-despejo dos ocupantes do Projeto ESpaço COLetivo Autogestionado (ES.COL.A da Fontinha), que teve lugar no dia 20 de Abril de 2012.

Acreditando que o mundo pode mudar em prol da comunidade/humanidade que nele habita, um grande grupo de pessoas percebeu e quiz chamar a atenção que, para o Mundo mudar o seu rumo, também é necessário que nós mudemos a nossa atitude face a nós próprios, aos que nos rodeiam, ou seja, à VIDA.

Este projecto baseia-se numa meditação colectiva que terá lugar em frente à Câmara Municipal do Porto, num encontro por semana.

Sem o uso de substâncias ilícitas ou alcool, sem recorrer à violência ou à festa e sem impedir a livre circulação das viaturas e dos pedestres, é pedido às pessoas que se juntem com o simples propósito de dar o exemplo, a todos os que vão estar a circular na rua durante o tempo de silêncio, que é possivel mudarmos o mundo se começarmos por nos mudar a nós proprios.

Na nossa humilde opinião e afinidade, acreditamos que esta é uma das “vias” para facilitarmos o processo de mudança (radical) que se espera. Sentimos, também, que nestes momentos de grande tensão e profundo descontentamento social é necessário que cada vez mais pessoas estejam centradas em si para que a raiva e a cólera, muitas vezes derivada de problemas e emoções não resolvidas em nós, não tomem conta das nossas acções, podendo assim construir uma mudança baseada no Amor pelo Colectivo e não no Amor “pelo meu umbigo”.

Meditando pela Mudança é uma iniciativa que pode ser implementada noutras cidades para além do Porto mas é-vos pedido que promovam estes encontros no espaço em frente às Câmaras Municipais da vossa área de residência de forma a chamar a atenção sobre este propósito ao máximo numero de pessoas. Se possivel, seria bastante interessante promoverem esta meditação colectiva e GRATUITA nos mesmos dias e no mesmo horário, sendo isto um bom ponto de partida para a união e coesão pretendidas.

É de realçar que a meditação pretendida baseia-se no silêncio como forma de protesto não violento.
Sejam bem-vindos!

Papel. Mas que papel?



Papel. Mas qual papel?

A licença foi renovada e prolongada até ao passado mês de março”. Esta frase foi repetida em vários cabeçalhos noticiosos há cerca de dois meses, altura em que o Es.Col.A veio a saber da intenção da CMP em despejar a escola ocupada em abril de 2011, no Alto da Fontinha. Como é que, de forma instantânea, uma ordem de despejo se transforma num prolongamento dum contrato que nunca existiu? Por mais insistência com que esta data de fim de março seja apresentada pela autarquia e pelos media, a verdade é que apenas soubemos dela através duma carta de despejo, que não foi sequer enviada diretamente ao projecto ou à sua Assembleia.

Mas aqui estamos já a meio de um longo caminho no qual a CMP, através dos media, quer transmitir a versão que lhe convém, travestindo-a de factos assumidos e absolutos. Resta-nos a nós a desmontagem de alguns dos argumentos dos quais a CMP se faz valer para tentar justificar o despejo do projecto que no último ano deu vida a uma escola que estava abandonada há mais de 5 anos por essa mesma câmara.

“A Câmara acabou, em Julho, por atribuir ao Es.Col.A uma licença provisória para se instalar na antiga escola até ao final do ano”. Guilhermina Rego, em entrevista à RTP1 sobre o Es.Col.A, repetiu os argumentos que a sempre tão interessada jornalista do Público tinha deixado transparecer nessa manhã: como argumentário, parece-nos bem – pena é que, por mais que se repitam mentiras, elas não passem a ser verdade.

A 'licença provisória até ao final do ano' foi uma frase dita numa reunião sem carácter decisório entre representantes da CMP e uma delegação da assembleia do Es.Col.A; uma frase que deveria aparecer numa proposta de contrato que nos seria enviada - e nunca foi. A única relação formal entre a CMP e o Es.Col.A foi um contrato promessa (uma promessa de contrato), na qual  nos comprometíamos a deixar o nosso caráter informal, transformando-nos em associação num prazo de 30 dias úteis e onde a autarquia se comprometia a, nos 10 dias úteis subsequentes, nos enviar a tal proposta de contrato. O Es.Col.A cumpriu a sua parte do acordo e, dentro do prazo, fizemos com que a vereadora soubesse que estava constituída a associação. A Câmara Municipal do Porto não cumpriu a sua parte: nunca chegou ao Es.Col.A, nem a alguém a ele ligado, qualquer proposta de contrato que falasse em final do ano. Será deste não contrato que falam Guilhermina Rego e os média, quando dizem que foi prolongado até março?

De seguida, o despejo foi suspenso, pelo menos até que houvesse diálogo entre a Câmara e o Es.Col.A. Mais uma vez, ficamos a saber pela comunicação social da decisão tomada em reunião de Câmara. Houve, então, uma nova reunião entre a vereação e dois delegados do projecto, e uma nova promessa de envio de proposta de contrato, que se revelou ser apenas uma
carta de despejo para fim de junho.
 

Em Carta Aberta, o Es.Col.A explicou a sua recusa em aceitar este processo. Nunca tivemos vontade nem necessidade de ter qualquer tipo de existência formal. Decidimos fazê-lo, porque acreditámos que a manutenção do projeto era mais importante para os moradores da Fontinha do que o carácter informal do mesmo. Mas não há diálogo possível com quem acha que as conversas se começam com operações policiais ou ameaças de despejo. Nem vontade de aproximação com instituições que utilizam a mentira, amplificada nas televisões de todo o país, para defender a sua própria incompetência.
 

O Es.Col.A é um espaço ocupado, por gentes da terra, moradores do bairro operário da Fontinha e pessoas que procuram sonhar mais do que seguir ordens e, como tal, continua, mesmo sob ameaça de despejo imediato pela CMP, a manter a sua actividade normal com quem queira aparecer, lutando pela libertação de espaços e pela recuperação das nossas vidas no dia a dia, longe das lógicas que nos procuram mostrar como as únicas. O Es.Col.A não precisa de contratos – estava melhor com a indiferença camarária a que nos habituámos durante este ano de trabalho, um ano composto por pequenas vitórias. Os ventos de liberdade e rebeldia sopram pelas ruas da Fontinha: os seus habitantes começam a perceber que basta querer e fazer para que seja possível.

O Es.Col.A não será nunca despejado, porque não se podem despejar ideias.

resumo 45ª assembleia


A 45ª assembleia do Es.Col.A realizou-se no dia 17 de abril, contando com a presença de cerca de três dezenas de pessoas.

O início dos trabalhos trouxe o balanço do período de possível despejo. Os diferentes grupos de resistência têm vindo a trabalhar de acordo com a orientações definidas por cada um. O coletivo reconheceu que o primeiro dia teve algumas falhas que não se devem repetir, tendo já sido realizadas duas conversas entre membros e participantes para colmatar essas lacunas. As conclusões retiradas implicam cuidados com o barulho a partir das 22h e um maior nível de atenção e disciplina na vigilância do edifício.

Perante as atuais exigências inerentes à defesa do Es.Col.A foi aceite que a partir da próxima semana a resistência fique concentrada essencialmente no grupo de ocupação do edifício.
Um dos presentes lançou a proposta de pressionar a CMP a retirar a ordem de despejo, através de medidas pró-ativas. Outro aspeto importante foi o de devolver ao Es.Col.A a sua dinâmica habitual de atividades e o clima de confraternização pacífica, retirando alguma tensão que se tem vindo a sentir no contexto atual, de forma a permitir o normal usufruto do espaço pelas crianças.

Posteriormente aprovaram-se as seguintes propostas: oficina de feltragem manual; vídeo-reportagem de alunos do curso de ciências da comunicação; baile popular no dia 22 de abril; festa de beneficência no espaço Altar, no dia 28 de abril. Também foram discutidas algumas solicitações feitas ao Es.Col.A, para participação em tertúlias e programas de televisão, tendo sido recusados todos os convites.

sábado, 21 de abril de 2012

resumo 44ª assembleia


Devido ás atividades do 1º aniversário do Es.Col.A, que aconteceram na passada terça-feira (10 Abril), antecipou-se a assembleia geral. A azáfama na Es.Col.A era grande, mas aproveitou-se a assembleia para fazer uma pausa nas tarefas e um ponto de situação.
Tendo em conta que iríamos manter a nossa posição face à proposta emitida pela CMP, estávamos cientes do risco de desalojo a partir de dia 13. Nesse sentido, toda uma dinâmica de grupos de trabalho tem sido estabelecida. A maioria dos grupos de trabalho estão orientados e salientou-se que o grupo do pátio, pela própria imprevisibilidade e especificidade, teria de se reunir para clarificar quem são as pessoas que querem pertencer ao grupo e pensar na estratégia.

Seguiram-se entretanto outros assuntos:
- uma aluna de fotografia do IPL propôs fazer uma reportagem fotográfica com retratos das pessoas do Es.Col.A durante as suas atividades. A assembleia não se opôs, mas salvaguardou que poderia haver pouca participação por parte dos membros do Es.Col.A que não se mostraram muito recetivos à ideia de serem fotografados.
- proposta de uma nova atividade – a bilharda. O jogo implica paus a voar por isso vai-se convidar o preponente a comparecer no Es.Col.A
- poderá fazer-se reciclagem de fruta no mercado da praça Carlos Alberto, todos os Sábados ao final da tarde (por volta das 18h)
- referiu-se que já há pessoas disponíveis para falar sobre o Es.Col.A nas acções de Lisboa e nas Caldas da Rainha
- não houve interesse por parte da assembleia em participar na reportagem da TVI sobre “respiga”.
- Contatos com grupos ativistas internacionais, através da divulgação das cartas abertas e do vídeo do Es.Col.A, entretanto já traduzidos em diversas línguas.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

assembleia do Es.Col.A.


sexta-feira, 20 de Abril - 18.30




Hoje, à hora do costume, encontramo-nos no Largo da Fontinha para realizar a 46ª Assembleia do Es.Col.A.!

na fontinha não há rei nem rainha



A história do Espaço Colectivo Autogestionado do Alto da Fontinha, pelos próprios intervenientes.

Câmara do Porto despeja e destrói Es.Col.A


Depois do despejo, o recheio do EsColA foi destruído e o edifício emparedado, a mando da câmara municipal do Porto. 

A operação de despejo teve início cerca das 10h00, com a intervenção de grande força policial. Agentes encapuçados entraram no Es.Col.A, ultrpassando o gradeamento, derrubaram o mastro onde hasteava a bandeira de pirata e entraram no edifício. Vários outros agentes e dezenas de carrinhas da PSP e outros carros policiais bloquearam o acesso ao bairro. 

Ainda no exterior, foram detidos dois apoiantes do projecto, e, posteriormente, um terceiro. 

Entretanto, os ocupantes do edifício foram levados para o exterior pelas forças policiais, juntando-se às dezenas de pessoas que ali se concentravam. Juntos, num sit inn de resistência não violenta, tentaram impedir a saída dos carrinhas com os bens pilhados do Es.Col.A. O momento gerou bastante confusão, com registos de violência por parte das forças de intervenção. As carrinhas acabaram por passar, mantendo-se um cordão policial a bloquear o bairro. 

Entretanto, as cerca 150 pessoas presentes estiveram reunidas no Largo da Fontinha. A assembleia improvisada decidiu rumar até à esquadra do Heroísmo, em solidariedade com os três detidos que ali se encontravam, e que entretanto foram deslocados para a esquadra da Bela Vista, estando previsto que irão a julgamento ao início da tarde. 

O pessoal partiu depois até às traseiras da câmara municipal do Porto. O edifício camarário encontra-se gradeado e "protegido" por um cordão de agentes policiais.

Alegadamente por razões de segurança, uma vez que um dos apoiantes foi detido pela polícia após se regar com gasolina, a Polícia chamou os bombeiros para "limparem" o local. Os manifestantes rumaram para frente ao edifício da câmara municipal. O apoiante que se regou com gasolina estará neste momento a ser levado ao hospital, para ser lavado e será depois libertado, segundo fonte policial.

Encontram-se em frente à câmara cerca de de 200 pessoas. [15h00]

TODxS À FONTINHA! - DESPEJO


via facebook, às 11:15am:


TOD@S À FONTINHA!

O projecto Es.Col.A no Alto da Fontinha (Porto) está a ser despejado neste momento pela polícia.
Apelamos a todos os que estejam perto da Fontinha para apoiar a resistência.
Apelamos a todos os outros para enviar e-mails de protesto e divulgar o que se está a passar.
A Câmara Municipal do Porto, ao não ter cumprido com o acordado, está a tentar matar algo que reabilita a zona do centro do Porto e que tem o apoio da população.
O Es.Col.A não será nunca despejado, porque não se podem despejar uma ideia.

DIVULGA!!!!

sábado, 14 de abril de 2012

onda solidária com Es.Col.A



Ontem, sexta-feira 13, passava pouco das 5 da manhã, o EsColA recebeu o seguinte email:
“Anonymous está solidário com todos os voluntários (Ocupas) que se encontram envolvidos no Projeto Es.Col.A na Fontinha, Porto.
A mensagem destina-se ao presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio e a todos os intervenientes anti democratas que defendem a ordem de despejo dos voluntários do projeto.
Link:
https://www.youtube.com/watch?v=YWT4dFmSdPE
Compartilhem a mensagem nas redes sociais, para que esta chegue a quem de direito.
Obrigado.”

Hoje, sábado 14, o vídeo do youtube deixou de ser público, como se dá conta ao aceder ao link acima.Antes de passar a privado, esta manhã registava mais de 5.000 visualizações.

Eco das notícias difundidas sobre a ameaça do Anoymous a Rui Rio: 

Público
RTP [Nesta reportagem, a vereadora Guilhermina Rego "esqueceu-se" de dizer só há menos de um mês a câmara municipal do Porto contactou o Es.Col.A tendo em vista assinar um contrato de arrendamento do equipamento da ex-escola primária do Alto da Fontinha, cuja minuta foi enviada sem margem para negociações e com despejo adiado para 1 de Julho. A RTP, por seu turno, "esqueceu-se" de ouvir a outra parte do processo, ou seja, alguém do projecto Es.Col.A].


Eco da onda solidária com Es.Col.A:

Se ainda escutas a alegria de viver ouvirás o sinal para ficar
Declaração Conjunta de Apoio ao Es.Col.A do Alto da Fontinha, que partiu do Gato Vadio
Lá do Alto da Fontinha dá vontade de planar. Vê-se outra cidade a ser construída. Tijolo a tijolo, dia-a-dia, mão a mão, sorriso a sorriso. Aquilo que parecia um abismo – uma escola vazia, abandonada e arruinada – tornou-se o próprio espaço do sonho.
Com os pés assentes na terra, constrói-se a solidariedade, o espírito comunitário, uma ideia de utilidade pública alicerçada na ajuda mútua e na partilha livre do conhecimento. Ali faz-se ainda a democracia directa e participativa que falta. Ali aprende-se a estar vivo. Ali vê-se que a crise que nos quer amedrontados e pieguinhas, foge a sete pés. Não, nem a crise, nem um rio seco e sequioso, nem as cajadadas dos falsos democratas, vão estancar o fluxo desta Fontinha...
Neste momento decisivo, por uma exigência recíproca, cada um deve colocar ao outro as questões humanas e colectivas essenciais.
Esta declaração conjunta de apoio ao Es.Col.A já foi abraçada por vinte e dois colectivos e associações de vários pontos do país, e está aberta a mais adesões de quem quiser e quando quiser. Escreve-nos!
Lá do alto, diremos à cidade que rejeitamos o despejo decretado pela actual gestão do Município do Porto e estenderemos a mão a quem veio por bem e para ficar.

Assinam,

AIT/SP - Núcleo do Porto e Chaves
Assembleia Popular do Porto
Assembleia Popular de Coimbra
Associação Olho Vivo
ATTAC Portugal
Associação Casa da Achada - Centro Mário Dionísio (Lisboa)
Casa da Horta - associação cultural
Casaviv
Carl Orff Projeto
Centro de Cultura Libertária (Almada)
Colectivo Hipátia
Gaia
Gap - Grupo de Acção Palestina
Indignados Lisboa
AJA Norte - Associação José Afonso
Gato Vadio Livraria
Marcha Mundial das Mulheres
Partido Humanista
Plataforma 15 de Outubro
Portugal Uncut
Revista Rubra
Associação SAPATO 43
Terra Viva
Traga Mundos
Tribuna Socialista
União Operaria Nacional
Unipop
UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta
+
Nós não recuamos
No espectro político nacional existem políticos com uma imagem bem mais reaccionária, como Valentim Loureiro ou João Jardim, mas nenhum autarca nas últimas décadas, apesar do ar Armani e da lábia à Mourinho, tomou decisões tão fascizantes como fez Rui Rio (seja nos despejos contínuos nos bairros
sociais do Porto, ou no Es.Col.A da Fontinha). Se emotivamente o populismo discursivo de alguns políticos nos pode irar, são as decisões políticas objectivas – que não caem do céu, mas que têm por detrás delas actos conscientes e a vontade de um homem –, que devem merecer a nossa mais resoluta resistência. Sobretudo, quando essas decisões são objectivamente antidemocráticas e fascizantes. Uma só assembleia aberta do Es.Col.A faz pela democracia o que uma década de farsa de Rui Rio fez pelo fascismo neoliberal. O que é extraordinário no Es.Col.A é existirem hoje centenas de pessoas que nunca passaram por lá e que sabem que o significado de resistir se traduz no facto de elas próprias, essas centenas de pessoas que nunca passaram por lá, já não recuarem. E esse é um dos méritos do Es.Col.A.


Outros apoios:


Outras notícias:

Jornal de Notícias
Semanário GrandePorto
Jornal i


O projecto Es.Col.A agradece a onda de solidariedade.

2ª pintura concerta de rua


Sábado, 31 de Março - Em dia de acampada, o Es.Col.A saiu às ruas do Porto.

Tal como nasceu, continua a encher de vida comunitária o anteriormente cinzento e abandonado edifício da antiga escola primária da Fontinha. 
Com som e cor, ocupamos o ambiente desta cidade e mostramos o porquê do Es.Col.A não aceitar a decisão de despejo da Câmara Municipal do Porto e resistir. Porque partimos da consensual iniciativa direta em reivindicação dos verdadeiros interesses individuais e coletivos, da solidariedade e cooperação, da liberdade e da experiência diária.




 

mais fotos e videos em:
www.circulodeestudosartisticos.blogspot.pt

quinta-feira, 12 de abril de 2012

resumo 43ª assembleia


A assembleia focou-se em questões práticas e imediatas sobre o futuro do Es.Col.A. O primeiro assunto a ser discutido teve a ver com os desenvolvimentos dos diferentes grupos de trabalho. Neste aspecto há a destacar a criação de uma rede de contatos que envolve membros, simpatizantes, vizinhos, órgãos do comunicação social, entre outros, para ativar a maior mobilização possível aquando do despejo. Outros aspetos prendem-se com a gestão das disponibilidades de permanência no espaço e a organização de ações de defesa do mesmo.

Depois das atividades do último fim de semana impunha-se fazer um balanço da acampada. Como pontos positivos destacaram-se o número de pessoas presentes e a sua satisfação em conhecer melhor o Es.Col.A, brotando daí algumas ideias a serem aplicadas em breve noutros locais. A acampada também contribuiu bastante para extinguir as dívidas do coletivo. Por outro lado, o ambiente festivo provocou situações menos positivas, tais como uma menor participação em debates e conversas e algum incómodo com o barulho.
O primeiro aniversário do Es.Col.A celebra-se no dia 10 de Abril e a assembleia decidiu marcar a efeméride com um dia preenchido com uma acção de rua organizada pelo grupo de criação artística e oficinas de técnicas de resistência pacífica. No final todos estão convidados para mais um jantar comunitário com conversas sobre ocupação, refletindo sobre a história do Es.Col.A e o seu futuro.

No seguimento dos últimos contatos realizados com outros movimentos chegaram ao Es.Col.A convites para participar em diversos eventos. Assim, membros do Es.Col.A irão apresentar o projeto no Centro de Cultura Libertária e no Activar: Cidadanias para o século XXI, em Lisboa, na Desbunda Libertária, nas Caldas da Rainha, e na Feira do Livro Anarquista, em Lisboa.
As propostas de atividades apresentadas foram as seguintes: exposição de fotografia “Caçadores-Recolectores”, de Sofia Yu, com jantar e apresentação de documentário; oficina de reciclagem; jantar de angariação de fundos para o Es.Col.A no espaço Regueirão dos Anjos (RDA) em Lisboa, com conversa e filme, no dia 19 de Abril. Para finalizar, uma das pessoas presentes disponibilizou-se para colaborar na expansão da rede de contatos do Es.Col.A com movimentos internacionais.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

365 dias - actividades e festa de aniversário



terça-feira, 10 de Abril - todo o dia


Amanhã vem connosco festejar o primeiro aniversário da Es.Col.A.! Será uma data celebrada em jeito de balanço, olhando o futuro do nosso projecto e de muitos outros que poderão surgir.

Numa altura em que o espaço físico da Es.Col.A., mas não o seu colectivo, se vê ameaçado e em risco, este aniversário será mais uma forma de juntar esforços, ideias e de em comunidade encontrar formas de defender os espaços públicos. 

sábado, 7 de abril de 2012

42ª assembleia extraordinária


Esta assembleia extraordinária teve a particularidade de decorrer durante o fim de semana da acampada no Es.Col.A, e com a presença de alguns dos participantes da mesma. No primeiro ponto da ordem de trabalhos discutiu-se qual a forma de resposta a dar à intenção de manter o despejo do Es.Col.A, por parte da CMP. As hipótese levantadas formam várias, mas no final ficou decidido enviar por email a carta aberta publicada na sexta-feira, dia 30. 

Perante o contexto atual foi reforçada a urgência em preparar o Es.Col.A para as exigências futuras com vista a manter o projeto em funcionamento. A partir deste momento é importante trabalhar aspetos como a permanência no edifício, a construção de uma rede de contactos e o apoio legal sem despesas. Alguns dos presentes voluntariaram-se para fazer parte dos novos grupos de trabalho. Outra medida sugerida passa pela existência de atividades no Es.Col.A durante todo o dia, tendo havido uma proposta imediata para iniciar oficinas de reciclagem da parte da manhã. O grupo de criação artística irá continuar a fortalecer o projeto através de acções de rua, tendo apelado para a participação de todos os interessados e para a doação de material (tintas, papel cenário). 

Os últimos aspetos abordados foram as divulgações das ações da plataforma portuguesa da Primavera Global, da reunião aberta organizada pela Assembleia Popular do Porto no dia 12 de maio, e de um encontro de ativistas em Lisboa, a realizar nos dias 21 e 22 de abril, para o qual o Es.Col.A foi convidado a participar. Finalmente, foi feita referência ao 1º aniversário do Es.Col.A, no dia 10 de abril, e para a mobilização de pessoas para preparar e participar neste evento.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

caçadores recolectores - exposição fotográfica, documentário e debate


sábado, 7 de Abril - a partir das 20h00 (jantar seguido de documentário e debate)



Exposição fotográfica sobre tribos indígenas - de Sofia Yu

Documentário - Bruno Manser Laki Penan, Christoph Kühn (2007).

Debate sobre Anarquismo Verde

quarta-feira, 4 de abril de 2012

resumo 41ª assembleia (extraordinária)


Perante a recolha de novas informações sobre as implicações legais da situação atual do Es.Col.A, foi considerado necessário realizar uma assembleia extraordinária. De inicio, foi partilhado o teor de uma conversa com advogados, onde a ideia essencial consiste no facto de que se o contrato enviado pela Câmara não for assinado o despejo pode ser imediato e não necessita de pré-aviso. A partir daqui as intervenções que surgiram incidiram na importância de redefinir estratégias e de reorganizar algumas estruturas do Es.Col.A.

Entre todos os presentes foi consensual fazer uma nova mobilização da acampada através de um novo comunicado para o exterior, e, ao mesmo tempo, elaborar e publicar uma carta aberta a expor a argumentação do Es.Col.A.
Outros aspetos focados e com implicações imediatas foram a necessidade de retomar a dinâmica em relação aos grupos de trabalho, distribuir tarefas de acordo com as prioridades, e organizar uma rede de contatos. Neste caso, decidiu-se abordar estes assuntos na assembleia extraordinária a realizar no dia 1 de abril, para dar espaço a que surjam novas contribuições e disponibilidades.

Com todas as atividades recente as despesas aumentaram e a assembleia aproveitou para fazer uma atualização das finanças do Es.Col.A. Perante os resultados ficou decidido aproveitar o fim de semana da acampada, entre outras iniciativas, para arranjar formas de angariação de fundos e apelar à livre contribuição de todos que frequentam o espaço.

resumo 40ª assembleia


Cerca de trinta pessoas estiveram presentes na 40ª assembleia. Os representantes do Es.Col.A que se tinham reunido no dia anterior com a vereadora Guilhermina Rego começaram por informar o teor da conversa à assembleia. A vereadora comunicou que a CMP só necessitará do edifício em junho de 2012 mas que a nossa permanência até essa data dependeria da assinatura de um contrato de cedência temporária, não renovável, que a CMP enviou por email no dia desta assembleia. A vereadora notificou que há um projecto para o edifício, mas não adiantou qual a natureza do projeto. Apenas nos foi dito que poderia haver hipótese de “casar este projeto da CMP com o Es.Col.A”. Posteriormente, debateu-se o conteúdo da tal minuta de contrato de cedência temporária. Foi unânime a vontade de não o assinar, visto se tratar de um contrato/ultimato de “despejo” em vez de um contrato de cedência.

Entre as cláusulas do documento, destacam-se:
“Cláusula 3ª – A cedência do gozo do imóvel identificado na cláusula antecedente é temporária”;
“Cláusula 5ª – A cedência tem início na data de assinatura do presente contrato e termina no dia 30 de Junho de 2012”;
“Cláusula 6ª – As obras de remodelação e adaptação do imóvel que se afigurem necessárias são da responsabilidade da Segunda Outorgante” e exige a “aprovação do primeiro autorgante” (CMP). Deste modo, para além de sermos despejados o mais tardar em Junho de 2012, teríamos de fazer as obras que a CMP achasse convenientes, sermos nós a financiá-las e depois entregar o imóvel em “bom-estado” à CMP. Acaba por ser irónico que a CMP que nunca zelou pelo edifício venha agora falar em “obras necessárias” e “bom estado de preservação do imóvel”.
Cláusula 8ª – É condição suficiente para “resolver” (cessar) o contrato a “permanência no imóvel cedido, de pessoas estranhas ao seu funcionamento”.

Seguidamente, discutiu-se que resposta dar à CMP. Surgiram opiniões diversas tendo-se destacado estas 4 posições:
- consultar um advogado;
- apresentar uma contra-proposta do contrato;
- responder que não aceitamos o contrato e denunciar a postura de não-negociação da CMP e o carácter de ultimato da minuta de contrato;
- suspender qualquer tipo de resposta à CMP uma vez que é inadmissível esta postura de intimidação.
Definiu-se que a nossa resposta ao contrato seguiria sobre a forma de carta-aberta cujo conteúdo salientasse:
- que se trata de um contrato de despejo, em vez de um contrato de cedência;
- que o contrato apenas adia a data do despejo;
- que a CMP só tentou negociar com o Es.Col.A devido a pressões políticas;
- que a CMP tem um historial de má-fé e já provou ser uma entidade que não cumpre os compromissos;
- que a atitude da CMP é intimidadora, discriminatória e o contrato mais se assemelha a um ultimato;
- que não salvaguarda o interesse de ambas as partes
- que a atitude da CMP em relação ao projecto Es.Col.A é de desprezo e distanciamento.

Posteriormente fez-se um apelo para divulgar nas redes de contactos o programa de atividades previstas para os dias 29 março a 1 abril que incluíam uma acampamento permanente no pátio do Es.Col.A. Ficaram também previstas ações de rua inseridas nas manifestações do dia 31M (dia de ação anti-capitalista), um convite para participar num encontro organizado pelo sindicato Alemão Ver.di a 29 de Abril para falar sobre a crise e protestos em Portugal. Relativamente ao balanço financeiro, fez-se nota das recentes despesas com advogados, manutenção, cartazes e estão em falta cerca de 500€. Espera-se que os festejos do fim-de-semana possam equilibrar a situação financeira.