sábado, 8 de outubro de 2011

resumo da 24ª assembleia


3ª feira, 27 de Setembro

Eram cerca de 20 pessoas as que se juntaram já eram cerca de sete da tarde, com uma extensa ordem de trabalhos pela frente. Falou-se das assembleias temáticas, da semana que passou, das actividades que estão para vir, do funcionamento, da estrutura, da divulgação e do bairro. Mais uma vez, começou-se de dia e acabou-se de noite.

Iniciada com a partilha das informações sobre a última assembleia temática “o que é um projecto não comercial” (o resumo pode ser visto aqui), logo se passou para a questão central: os encontros dos grupos de trabalho temáticos deverão ter um cariz decisório ou não? serão um polo de decisão ou apenas de discussão? Perante essa pergunta as vontades e as ideias que se expressaram foram várias, em ambas as direcções. Concluiu-se que o melhor seria tentar que sim, que tivessem cariz decisório, mas, para isso, os encontros deveriam estar sujeitos a um maior cuidado na sua preparação, facilitação e divulgação. E as decisões, tal como todas as outras, estariam sujeitas a eternas discussões em algum ponto da sua existência.

De forma orgânica saltou-se de questão em questão sem se perder o fio à meada. No balanço da semana, soube-se da presença de cerca de 15 pessoas na oficina de cozinha vegana, no sábado anterior. Nas lacunas típicas do funcionamento de um espaço, referiu-se o encerramento da biblioteca durante grande parte do tempo.

O workshop de break dance proposto há umas semanas é para seguir em frente, tal como uma oficina de teatro para os mais velhos. Esta última deverá decorrer uma vez por semana e deverá unir esforços com o grupo de teatro já existente, começando quando houver gente interessada nisso.

O grupo de reconhecimento do bairro explicou que criou um esquema, organizado e mapeado, de distribuição porta-a-porta da folha de notícias, que era para ser iniciado aquando do lançamento do nº1. Como isso foi entretanto assumido por outros voluntários, e para evitar que seja confundido com uma qualquer irmandade evangélica, devido ao seu zelo excessivo, o grupo decidiu avançar com a tarefa quando sair o nº2 da folha de notícias, aproveitando a divulgação para melhor conhecer o bairro e as suas aspirações quanto à Es.Col.A.

Em resposta à questão da bilblioteca se encontrar encerrada a maior parte do tempo chegou-se à frente a proposta do grupo de apoio escolar, de tentar angariar gente suficiente que garanta a sua abertura todos os dias, das 17h00 às 20h00. Quem se quiser propor a ajudar é só contactar. Caso haja mais gente, alarga-se o horário. Para além do mais, é necessária a catalogação dos livros existentes, de modo a organizá-los de forma mais eficiente. Uma proposta vinda do Musas e da CasaViva sugeriu a catalogação conjunta dos livros dos três espaços para que se consiga criar uma base de dados comum. Propôs-se que os livros relacionados com agricultura e culturas afins fossem para as estantes do Musas e os dedicados ao ensino e a pedagogias várias para a Es.Col.A. Tudo isto prontamente aceite.

Anunciou-se um workshop de escalada para o dia 21 de outubro e o início das assembleias das “crianças em acção”, encontros de discussão sobre temas actuais para os rebentos mais novos, para breve.

Surgiu também a vontade de realizar o workshop de cozinha vegan aos sábados (regularidade semanal), que dará direito a jantar e cinema no próprio dia, cortesia da mesma oficina. Há-de aparecer também uma tarde de karaoke no mesmo dia, mas quinzenalmente, de forma a fomentar o espírito festivo que, segundo opiniões várias, se encontra um pouco esmorecido.

Seguiu-se o ponto de situação da preparação do hackmeeting paralelo na Es.Col.A, a 29 e 30 de Outubro, no fim-de-semana a seguir ao Hackmeeting Ibérico marcado para a Corunha. Após uma muito breve discussão aprovou-se a excepção à regra ao aceitar a permanência dos participantes do encontro na Es.Col.A durante o tempo que durar, entre 48 e 72 horas. Ou seja, haverá gente a dormir na Es.Col.A durante esses dias. Ponto mais complexo é o da internet. Aparentemente goradas as possibilidades de net estável e fornecida pelo ar, procuram-se agora outras hipóteses de dotar o espaço com rede. Se realmente se vir que não há outra forma, aceitou-se abrir contracto com uma entidade das que levam internet às casas. Integrado no hackmeeting foi a criação de um painel de imagens vídeo recolhidas ao longo dos últimos meses na Es.Col.A e que estará aí presente para discussão.

Passou-se para o estado da infra-estrutura es.col.ar. Faltava arranjar a caleira (que entretanto já está), as janelas (que também já estão) e colocar tela asfáltica nas telhas da cumeeira do edificio pequeno (que ainda não está mas para as quais já há o material necessário). Fora isso, necessidades mais urgentes para garantir um inverno agradável, deve-se agora actuar sobre as janelas do 2º andar e sobre as salas do 1º andar do edifício pequeno. Falou-se também da elaboração de uma planta da Es.Col.A em que os espaços sejam definidos, o que leva à necessidade de definir cada espaço de acordo com aquilo que se deseja para ele.

Discutiu-se a auto-gestão das obras e das limpezas. Referiu-se a limpeza das casas de banho, chegando-se à conclusão de que marcar o dia das assembleias para dia de limpeza pode ser um bom principio para manter a coisa bem cheirosa. De latrina em latrina, passamos directamente para a constituição da associação. O martírio burocrático, que curiosamente nunca agradou a nenhum dos presentes, está perto do fim, e para isso houve o contributo precioso duns poucos mas pacientes voluntários. Esperamos em breve poder deixar de falar dele e enterrá-lo bem enterradinho.

Foi tarde e a más horas que acabou este encontro. Para a semana há mais para quem quiser. Para quem não quiser, há Es.Col.A todos os dias!

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