domingo, 10 de abril de 2011

libertar espaços, criar alternativas


Car@s vizinh@s,

Seguindo o exemplo das crianças, que ainda há pouco tempo saltavam estes muros para jogar à bola, juntamo-nos para tentar devolver este espaço público aos seus reais proprietários, a comunidade.

Queremos que esta acção inspire projectos semelhantes, noutros lugares abandonados, para assim conseguirmos acabar com a degradação e o estado de abandono da nossa cidade.

Somos um grupo de pessoas que sente falta de um espaço autónomo, livre e não-comercial, onde desenvolver actividades que não sejam focadas no lucro ou viabilidade económica. Perante a inactividade e desrespeito pelo património que a câmara municipal, as autoridades competentes e os proprietários mostram, decidimos agir pelas nossas próprias mãos.

Queremos criar um centro autónomo, aberto para diferentes iniciativas, que não sejam discriminatórias. Só o podemos fazer com a tua participação e a de toda a vizinhança. Queremos que este espaço seja livre de hierarquias e que as decisões sejam tomadas por tod@s que participam.

As actividades que se realizam hoje são um exemplo das actividades que podem vir a acontecer neste local.

Acreditamos que, para uma cidade melhor, os espaços não devem ser emparedados mas abertos para as pessoas criarem alternativas.

Es.Col.A do Alto da Fontinha
Espaço Colectivo Autogestionado

es.col.a.da.fontinha@gmail.com


PROGRAMA
14h45 abertura | comida
16h00 actividades & oficinas – jogos, circo, pinturas, arte...
18h30 teatro
19h30 jantar & palco aberto
20h30 cinema

5 comentários:

giancarlo disse...

Reencaminhamos aqui uma proposta que já foi feita a outras associações, com as quais seria muito proveitoso colaborar para por o espaço da ex escola da fontinha ao serviço da comunidade, já.


Muito provavelmente a mudança da sociedade passa pela mudança do
ensino básico e segundário, portanto queria sublinhar a importância de realidades como a Escola da Ponte e de todos esforços para criar um ensino que desperte nos alunos o sentido de iniciativa em contraposição a um
saber impingido por razões que não se percebem bem, e que promova a
solidariedade e o gosto de saber e fazer, em vez duma corrida às notas
mais altas.

Mas criar uma escola não deve ser coisa simplis, tudo pelo contrário,
e como em qualquer coisa muito dificil a fazer, é preciso começar com
pequenos passos, e ver o que é que acontece. Portanto, algúns amigos e
eu chegámos à conclusão que a coisa melhor era organizar umo espaço
fora da escola em que os alunos que quisessem, estudassem em conjunto,
tendo à disposição adultos volontários que não tivessem estritamente o
papel do professor que dá explicações, mas que fossem mais parecidos
com qualquer um deles, que está lá para partilhar e aumentár os seus
conhecimentos. Os adulto volontários não deviam ser necessariamente
especialista num campo qualquer. Claro que as experiências de cada um
levam a ganhar conhecimentos mais profundos em algumas matérias, e que
isso pode dar jeito em resolver as dúvidas mais técnicas e difíceis
dos alunos. Isto é, as vezes a comunicação é mais "vertical", uma
passagem de informação da quem sabe muito a quem sabe pouco. Não é
importante, nem interessante, nem possível evitar isto, mas é preciso
que não crie uma gerarquia rigida de prestigio e poder de
decisão. Quem aprende tem que ser constantemente encorajado a tomar
iniciatívas e a perguntar-se sobre o sentido daquilo que está a
aprender e a sua motivação pessoal.

A iniciativa podia ser acompanhada por um blog em que fossem lançadas e
esclarecidas questões, de forma a facilitar quem não puder estar lá
fisicamente.

O espaço podia funcionar mesmo nas horas em que não houver adultos,
desde que todos os estudantes fossem responsabilizados em relação ao
cuidado com os livros e o material tudo.

Marta L. disse...

Bom dia,

muitos parabéns pela iniciativa, sou vizinha da escola e gostaria de vos felicitar pela iniciativa.
É importante salvaguardar o património que é de todos. É importante que alguém o faça e se as entidades competentes não o fazem, as pessoas tomarem rédeas disso mesmo.

Contudo queria alertar que existem jovens menos informados da própria vizinhança, alguns deles talvez responsáveis pelos actos de vandalismo feitos na escola, que podem não ver com bons olhos a tomada pacifica e com intuito social e cultural que estão a fazer. Eu penso que tem que se prevenir e pensar numa forma de os sensibilizarem também, para não saírem prejudicados.
Apesar de a população ser também maioritariamente envelhecida, é necessário terem cautelas com barulho, etc. Porque recorrentemente entravam na escola para a vandalizar e fazer barulho o que os moradores não viam com bons olhos.

Vou continuar a passar por aqui para vos ajudar e quando puder irei à escola pessoalmente.

Cumprimentos e continuem no bom caminho.

M disse...

Em certa parte concordo com a Marta L. mas Marta, não são apenas estes (os de cá)que vandalizam a escola, à cerca de um mês ao chegar a casa de madrugada vi a policia apanhar em flagrante uns ladrõezecos de cobre e estes não eram cá da zona. Eu conheço bastante bem os "míudos" e os "não-tão-míudos" que aqui param e garanto (não como certeza absoluta) que se houvessem iniciativas que promovessem o contacto com estes jovens seja através de simples "workshops" ou "amostras" (fotografia/vídeo, pintura de rua - grafitti -, sessões de cinema (com filmes que chamem gente e não com filmes pseudo-intelectuais como algumas associações TEIMAM a passar e que o público em geral não se dá ao trabalho de ver)etcetc) era capaz de se dar um dinamismo interessante e bonito!
Eu fui desde sempre morador na Fontinha, já lá vão 28 anos... e lembro-me bem das mudanças que esta escola sofreu. Mas infelizmente acabou por cair no esquecimento e num abandono tremendo.
O meu pai estudou nela, o meu irmão estudou nela, eu não estudei mas posso dizer que "morei" praticamente no seu espaço...
Tive conhecimento da ES.COL.A por um flyer que recebi em casa é de valor que façam algo em prol da comunidade e da beleza e riqueza cultural, pessoal e social que a Fontinha tem (ainda não perdeu o carisma total felizmente).

ps. aproveitem a fábrica social e as suas iniciativas que o Artista José Rodrigues e a sua fundação promovem (gente estúpida esta que pintou paredes a calúnia-lo!) tentem tirar proveito disso de algum modo.

Vou estar atento! Bom trabalho.

Bela da fontinha disse...

Vem em boa hora e espero sinceramente que esta iniciativa seja bem acolhida, tanto pela vizinhança como pelos responsáveis da administração local.
Espero tambem que isto venha a ser um centro comunitário para o bairro com actividades que envolvam os habitantes locais, desde as crianças que não têm um espaço para jogar á bola, aos idosos que passam os dias á janela de casa á espera que aconteça alguma coisa.

Bem haja..!

12º TAS disse...

Olá !
Encontramos o vosso projecto, e gostamos muito da ideia que pretendem desenvolver !
Nós somos alunos do curso de Acção Social da Escola António Sérgio em Gaia, 12º TAS. Queremos felicitar o vosso empenho para com a sociedade e actividades que tendem a executar!
Os nossos parabéns pela iniciativa e toda sorte possível para o projecto !